Sebastian Kurz deve recorrer a coalizão de três frentes para governar Áustria

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 30/09/2019 11h06 - Atualizado em 30/09/2019 11h36
EFE Sebastian Kurz Áustria A dúvida agora é com quem o conservador Sebastian Kurz, o premiê mais jovem da Europa, deve tentar formar seu novo governo

Os conservadores devem retornar ao poder na Áustria depois de uma vitória sólida nas eleições gerais do país neste final de semana. Manchado por um escândalo de corrupção, o partido da Liberdade – de extrema-direita -, perdeu votos e relevância para o governo de Viena.

A dúvida agora é com quem o conservador Sebastian Kurz, o premiê mais jovem da Europa, deve tentar formar seu novo governo.

Na verdade, a votação foi convocada depois que o governo de coalizão entre conservadores e extrema-direita colapsou em maio passado. O então chefe do partido da Liberdade, Heinz-Christian Strache, que foi número dois em Viena, foi gravado negociando contratos públicos com uma mulher que se passava por sobrinha de um oligarca russo.

O escândalo veio a público neste ano e acabou derrubando inclusive o chanceler Sebastian Kurz, que não estava diretamente envolvido no caso. O político de 33 anos de idade conseguiu ampliar sua base eleitoral e conquistou 38% dos votos.

A esquerda registrou mínima histórica, mas manteve o segundo lugar com 21%. Já a extrema-direita despencou, ficando com 17%. Os verdes cresceram significativamente, chegaram a 12% de preferência do eleitorado.

Há expectativa de que Kurz agora recorra a uma coalizão de três frentes, contando com apoio dos verdes e com os liberais democratas.

A votação na Áustria é simbólica para a Europa porque dá algumas indicações políticas significativas para o continente. Depois da Itália, a Áustria é mais um país da região em que a extrema-direita é empurrada para fora do poder. Mas ao contrário de Roma, Madri ou Lisboa, em Viena a esquerda segue desprestigiada enquanto os conservadores dominam o cenário político.

A próxima eleição de peso no continente provavelmente será no Reino Unido – onde ainda é difícil cravar qual lado político sairá vencedor.

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