Presidente do Sebrae prepara Fundo de Amparo para socorrer empresas afetadas por crise

  • Por Jovem Pan
  • 31/03/2020 09h05 - Atualizado em 31/03/2020 09h22
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Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens Entre os principais setores afetados está o varejo tradicional, as empresas de moda, costura e vestuário, a construção civil e lojas de cuidados, estética e beleza

O governo federal anunciou uma linha de crédito emergencial para financiar a folha de pagamento de pequenas empresas pelo período de dois meses, a fim de conter os efeitos da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. Em entrevista ao Jornal da Manhã desta terça-feira (31), o presidente do Sebrae, Carlos Melles, afirmou que a medida é importante para evitar a paralisação da economia.

Além do crédito aos microempreendedores e trabalhadores informais, o Sebrae está trabalhando para anunciar, nas próximas semanas, um Fundo de Amparo como medida de crédito que será disponibilizado para socorrer as empresas afetadas.

Segundo ele, a proposta é que esse fundo de amparo possa disponibilizar valor equivalente até 25% do faturamento de 2019 para auxílio de micro e pequenas empresas com juros baixos e prazo de pagamento mais longo.  A ideia é que com o valor as empresas possam manter seu capital de giro.

“Nosso indicadores estão mostrando que 76% das micro e pequenas empresas estão sendo afetadas. Nosso receio é a paralisação da economia e uma retomada colapsada. O Sebrae está assumindo um papel de curador, estamos colhendo as propostas, mitigando os riscos para facilitar.”

Setores

Entre os principais setores afetados está o varejo tradicional, as empresas de moda, costura e vestuário, a construção civil e lojas de cuidados, estética e beleza.

Em contrapartida, segundo Melles, setores de logística, peças automotivas, serviços educacionais e empresas de pet shop possuem posição mais relevante em momentos de instabilidade.

Entretanto, no geral, a estimativa do presidente do Sebrae é que todos estão sendo bem afetados, sobretudo as empresas de pequeno porte, micro empresas e até mesmo os Microempreendedores Individuais (MEI).

“Isso não retoma da noite pro dia, é preciso colocar capital de giro para que eles não parem, não vão a falência. Nesse sentido, estamos buscando medidas todas para dar relativo conforto.”

Ainda de acordo com Carlos Melles, o Sebrae está apostando na comunicação digital para facilitar o contato com as empresas nesse momento e melhorar o nível de acesso a informação.

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