Secretaria da Saúde interdita fábricas em SP que comerciavam óleo como azeites de oliva

O azeite misturado à clara de ovo e ao queijo branco (assista abaixo) é uma rica fonte de proteína

A fraude foi descoberta após denúncias recebidas pela Vigilância Sanitária Estadual

A Secretaria de Estado da Saúde interditou seis fábricas na Grande São Paulo e litoral, que comercializavam óleo de soja ou óleo misto como azeite de oliva virgem ou extra-virgem.

Foram fiscalizadas as fábricas Olivenza, Natural, Olima, Paladar, La Famiglia e Super Via.

A prática fere o direito do consumidor, que é induzido ao erro.

Maria Cristina Megid, diretora técnica da Vigilância Sanitária do Estado, deu dicas para o consumidor não se enganar na hora da compra: “tem que olhar rótulo do produto. Tem que prestar atenção se é realmente azeite de oliva. O que a gente tem encontrado é óleo composto dito como azeite de oliva”.

A fraude foi descoberta após denúncias recebidas pela Vigilância Sanitária Estadual. Análises de amostras dos produtos foram feitas pelo Instituto Adolfo Lutz.

Também foram constatados que os estabelecimentos importavam azeite de oliva virgem, tipo lampante, que não pode ser consumido sem refino, mas não havia evidência que as empresas providenciassem esse procedimento.

Com o engano, a diretora técnica da Vigilância, garantiu que o produto não traz os benefícios à saúde que o consumidor procura: “o risco que a gente coloca é o risco para ele usar óleo de soja, óleo de girassol, mas o que induz ao erro, é que quando ele [consumidor] compra azeite de oliva, ele compra produto para benefício da saúde dele”.

Após adequação, as fábricas Olivenza, Natural e Olima foram desinterditadas.

Nesta terça-feira, técnicos da Vigilância visitaram supermercados da Capital para verificar se ainda havia comercialização de óleos com indicação errada.

Outros nove produtores de azeite do Estado de São Paulo ainda serão vistoriados pela Vigilância.

*Informações do repórter Fernando Martins