Secretário afirma que perímetro do TRF4 será controlado: “ninguém entra sem autorização”
Manifestantes contrários e favoráveis ao ex-presidente Lula querem espaço próximo ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, no dia do julgamento do petista, a ser realizado no dia 24 de janeiro.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, afirmou que não será concedido espaço a nenhum dos dois grupos e que apenas ficarão no entorno do tribunal aquelas pessoas autorizadas.
“Quem conhece espaço sabe que é um parque e o que fazemos é definir perímetro e há decisão tomada e pública de que ninguém entra, exceto quem o Tribunal autorizar. Imprensa tem espaço, autoridades, juízes, servidores, advogados. No perímetro vamos fazer a guarda e e ninguém entra”, avisou Schirmer.
Vale lembrar que órgãos federais, Câmara de Vereadores, e estabelecimentos comerciais próximos ao tribunal não terão expediente desde a tarde anterior.
De acordo com o secretário de Segurança, a intenção é fazer um acordo com ambas as partes e verificar a possibilidade de dois locais para manifestações – um afastado do outro. Schirmer destacou ainda que o direito da manifestação existe, mas que, “sobretudo na democracia, as manifestações têm limite da lei” e deve existir o “respeito à divergência”.
Sobre um eventual acampamento de militantes petistas em um parque que fica à frente do TRF4, o secretário disse que não há a possibilidade e que foi indeferido pedido para acampamento em outro parque próximo, pois a Prefeitura tem decisão de que são proibidos acampamentos em locais como esse.
“Há espaço na beira do rio, longe do parque, e se houver aceitação dos manifestantes, vamos concordar que haja acampamento a partir do dia 22”, disse.
Quanto a eventuais black blocs, a Secretaria de Segurança afirmou que irá tomar providências de recolher imediatamente, “seja de qual lado for”. “Quem vai em ambiente desse e se esconde é sinal de covardia e está ali mal-intencionado. Estamos em cima, não vamos permitir de jeito nenhum, porque radicais querem que aconteça algo ruim. Clima de hostilidade é um desastre. E no evento em si também é ruim”, finalizou.
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