Secretário cita governo ‘liberal-fraterno’ e diz que foco das mudanças no FGTS são trabalhadores de baixa renda

  • Por Jovem Pan
  • 25/07/2019 08h42 - Atualizado em 25/07/2019 10h51
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Marcos Oliveira/Agência Senado Waldery Rodrigues Júnior afirmou que saque de R$ 500 reais será feito por conta, e não por pessoa

O secretário Especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, afirmou, nesta quinta-feira (25), que o principal objetivo das novas medidas propostas para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é, além de injetar recursos para aquecer a economia à curto prazo, melhorar a vida dos trabalhadores de baixa renda.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Júnior comentou a possibilidade de sacar até R$ 500 de cada conta ativa ou inativa a partir de setembro. Questionado sobre a quantia, que não é muito grande, ele ressaltou que, para o principal público que o governo quer atingir, o valor pode ajudar. “Esse valor foi escolhido depois de muitas análises, simulações e cálculos para que ele preservasse dois objetivos: atender ao trabalhador de baixa renda, que é o ponto mais frágil com o que o governos e preocupa. Um governo liberal-fraterno, que acredita que a economia deve ser forte, robusta, mas com medidas corretas, e que se preocupe com trabalhador.”

Segundo o secretário, a quantia atende mais de 80% o conjunto dos trabalhadores que serão beneficiados com a medida. “Se olharmos efetividade do recurso, ela é muito grande. Estamos falando de 54,7 milhões de trabalhadores que tem, hoje, menos de R$ 500 reais nas contas vinculadas ao FGTS. E é importante lembrar que o limite é por conta, então se o trabalhador tem duas ou três contas, algo que é comum, em cada uma delas ele vai ter acesso a até R$ 500 reais”, explicou.

Ele também comentou a possibilidade de os trabalhadores deixarem o sistema atual, chamado “saque-demissão”, para ingressarem no “saque-aniversário”, onde, a partir do ano que vem, cidadãos poderão fazer um saque anual do seu FGTS, privilegiando, também, os de menor renda: quem tiver saldo menor na conta poderá retirar percentuais maiores.

“O valor de R$ 500 reais como teto também é por conta. São sete faixas e o trabalhador vai poder retirar um percentual de acordo com seu saldo, que começa com 50% para a renda mais baixa [até R$ 5 mil] e vai reduzindo até 5% [mais de R$ 20 mil]”, afirmou.

Construção Civil

Júnior também comentou como ficará a situação de programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida, e outros financiamentos residenciais feitos a partir do FGTS. Ele reafirmou que a “intenção, com essas medidas, foi a preocupação com trabalhador de baixa renda e com acessos a recursos para habitação, que é uma área importantíssima sobretudo para a população mais pobre.” Desse modo, ele garantiu que a capacidade de liquidez e o financiamento serão mantidos.

 

 

 

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