Secretário da Previdência diz que clima é ‘extremamente favorável’ para aprovar reforma
O presidente Jair Bolsonaro foi pessoalmente entregar o projeto de reforma da Previdência ao Congresso na manhã desta quarta-feira (20). Polêmico por si só, o texto já sofreu críticas de algumas categorias, mas também viu apoio por parte dos parlamentares.
A avaliação foi feita pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã. “Estamos em um clima extremamente favorável. Dezenas de parlamentares já nos procuraram e nos receberam querendo passar a nova reforma, porque entendem a necessidade de reestruturarmos o nosso sistema que está exaurido”, disse.
Marinho, por sua vez, minimizou as críticas em torno do texto e explicou que nada será feito de forma abrupta. “A mobilização das categorias é absolutamente normal. Não poderíamos esperar mudar as regras e as deixar mais rígidas e não haver resistência. Mas é importante que todos entendem que tem que dar também sua contribuição no esforço coletivo”, completou.
Sobre as articulações para a aprovação da reforma, Rogério Marinho esclareceu que nos próximos dias haverá o processo de negociação, exposição e interação com o Congresso. Segundo ele, as conversas com as bancadas se iniciam já nesta quinta-feira (21).
“As conversas políticas o ministro Onyx Lorenzoni vai conduzir. A parte de explicar a reforma, colher contribuições para a nova Previdência, essa explicação será dada por mim. Essa nova Previdência vai ao encontro das necessidades do país”, explicou. “Evidente que o processo não será fácil. Em qualquer lugar do mundo onde regras foram modificadas não foi tranquilo. Mexe com corporações, privilégios de determinadas categorias, mas nosso sistema é injusto e desigual. Esse processo de distribuição de riqueza às avessas é insustentável financeiramente”.
Rogério Marinho ainda fez questão de esclarecer que a nova reforma da Previdência “atinge quem está no topo da pirâmide”, e que estas pessoas pagarão alíquotas maiores. “A sociedade sabe que temos o dever moral de assistir quem não tem capacidade financeira de se manter. Esse pacto está mantido”.
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