Secretário de SP defende uso da CoronaVac para vacinação de crianças: ‘Segura e eficaz’
Segundo Jean Gorinchteyn, resposta da Anvisa será dada ‘nos próximos dias’; expectativa é começar a imunização infantil de forma imediata, sem exigência de prescrição médica
O Estado de São Paulo espera iniciar nos próximos dias a vacinação de crianças contra a Covid-19. A expectativa das autoridades de saúde é que a equipe técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove “nos próximos dias” o uso da CoronaVac no público de 3 a 17 anos. Atualmente, apenas a vacina da Pfizer é usada de 12 a 17 anos e tem autorização para crianças de 5 a 11 anos. Na visão do secretário de estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, o início da imunização pediátrica é urgente, principalmente pela variante Ômicron afetar mais o público infantil. “Temos posse da vacina da Pfizer, que já foi aprovada, mas existe uma necessidade de um quantitativo maior de doses. Por isso, há necessidade de liberação para a CoronaVac, que já vem sendo usada em oito países do mundo. São 60 milhões de crianças que usaram com muita segurança e eficácia e aqui no Brasil não será diferente”, afirmou ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.
Atualmente, segundo o secretário, a Pfizer tem disponibilidade para entregar 15 milhões de doses da vacina pediátrica ao Brasil até março. No entanto, apenas em São Paulo serão necessárias 9 milhões de doses, o que reforça a urgência na liberação da vacina do Instituto Butantan. “Assim que houver a liberação, de forma imediata, iniciaremos essa campanha tão importante. Já estamos vendo quanto existe o impacto dessa variante sob a população pediátrica”, defendeu. A expectativa é que o Ministério da Saúde se pronuncie sobre a vacinação de crianças nesta quarta-feira, 5, um dia após audiência pública sobre o tema.
Ainda sobre a imunização contra a Covid-19, Jean Gorinchteyn afirmou que São Paulo já tem toda estrutura preparada para começar a campanha de vacinação, incluindo o chamado passaporte da vacina. Ele também defende a necessidade de acesso mais igualitária às vacinas para inibir o surgimento de novas variantes de preocupação. “Enquanto o mundo não entender que os mais vulneráveis, os países mais pobres, também têm direito igualitário às vacinas, enquanto não tivermos isso, teremos a produção constante de novas variantes e viveremos com essa pandemia ainda por muitos anos. Temos obrigação de vacinar a população, o que inclui as crianças. Discutir vacina é discutir proteção da vida. Momento de se vacinar é agora, é isso que vamos fazer”, finalizou.
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