Secretário de SP descarta mudança tributária para alimentos e insumos agrícolas

Segundo Gustavo Junqueira, as ofertas de medicamentos e de alimentos serão os pilares para a retomada da atividade empresarial

  • Por Jovem Pan
  • 08/01/2021 10h01 - Atualizado em 08/01/2021 12h56
Reprodução - Facebook Reprodução - Facebook Gustavo Junqueira reforçou a importância do agronegócio ao longo da pandemia na esfera nacional e internacional

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, descartou qualquer possibilidade de aumentos ou mudanças tributárias para o setor de alimentos e insumos agrícolas. “Está revogada”, afirmou, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 08. Segundo ele, a proposta de alteração fiscal, aprovada em Projeto de Lei pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo no ano passado, foi pensada considerando que, agora, o estado estaria em uma “outra realidade” da pandemia da Covid-19 e da retomada econômica. “Existia uma expectativa que nessa época do ano estaríamos voltando as atividades, voltando ao trabalho, buscando novos empreendimentos. Diferente disso, estamos vendo uma segunda onda do coronavírus, que nos preocupa porque nos bloqueia como cidadãos para voltar ao trabalho e gerar riquezas. Vamos ter uma redução do auxílio emergencial, os orçamentos ficarão, de fato, muito apertados nesse ano e com isso nós temos que ter uma sensibilidade [com o tema].”

De acordo com Gustavo Junqueira, no governo de São Paulo, não tem “ninguém mais sensível às famílias de baixa renda que o próprio governador João Doria“, que determinou, portanto, a revogação as mudanças tributárias. “Ele chamou a equipe econômica, a secretaria da Agricultura e do Desenvolvimento Econômico, e falou: não podemos aumentar a carga tributária. Isso não cabe na situação que estamos vivendo, precisamos voltar atrás”, relata. O receio com um possível aumento repetino nos tributos fez com que agricultores e permissionários fizessem manifestações ao longo desta semana, com protestos da Ceagesp nesta sexta-feira, 08. Entretanto, segundo o secretário, a questão está resolvida. “A decisão do governador não é de suspender, ele mandou revogar. Está revogada toda e qualquer alteração no regime tributário no que tange os alimentos e os insumos agropecuários, que geram a base de construção dos custos e dos preços dos alimentos.”

Ainda durante a entrevista, em mensagem direcionada aos trabalhores, o secretário estadual reforçou a importância do agronegócio ao longo da pandemia na esfera nacional e internacional, ressaltando a posição da agricultura como um “porto seguro para os brasileiros e para o mundo”. “Ao longo de 2020 não dexamos as prateleiras vazias no Brasil e isso é uma vitória do Brasil, dos produtores rurais e de todos o sistema de abastecimento. Não vamos ter jogar esse porto seguro fora, as pessoas precisam de duas grandes seguranças:  medicamentos, que eu incluo a vacina, uma preocupação incessante do nosso governador é fazer com que essas vacinas estejam disponível para a população, e os alimentos. Esses são os dois grandes pilares que darão segurança para retomar a nossa vida e a nossa atividade empresarial.”

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