Secretário de Trump defende acordo com bilionário suspeito de molestar menores; ele nega renúncia
O secretário de Trabalho dos Estados Unidos, Alexander Acosta, defendeu um acordo feito há dez anos com o bilionário Jeffrey Epstein, acusado de tráfico e abuso sexual de menores.
Epstein foi preso nesta semana pela procuradoria regional de Nova York, que o acusou criminalmente de operar uma rede de tráfico sexual entre 2003 e 2005.
Apesar deste processo, o bilionário já foi acusado dos mesmos crimes em 2007 no estado da Flórida. Na ocasião, foi fechado um acordo e Epstein cumpriu 13 meses de prisão, período no qual foi autorizado a sair durante o dia para trabalhar.
O homem também pagou indenização às vítimas e foi registrado como agressor sexual nos Estados Unidos.
O secretário de Trabalho Alexander Acosta, que na época era procurador federal na Flórida, foi um dos responsáveis pelo acordo.
Acosta explicou que o escritório dele interveio porque a Justiça estadual aplicaria uma pena muito branda, que não envolvia a prisão de Epstein. Alexander Acosta reafirmou que ele e o escritório agiram de forma apropriada, baseados nas evidências disponíveis e condenou as ações do bilionário.
Possível renúncia
O secretário Alexander Acosta negou que tenha discutido o acordo sozinho diretamente com os advogados de Jeffrey Epstein durante um café da manhã em um hotel. Ele reconheceu que houve uma reunião, mas afirmou que foi realizada depois das negociações.
O bilionário acusado tem ligações com diversas personalidades, incluindo o presidente Donald Trump. Esse laço e o fato de Acosta estar ligado com o caso fez com que os democratas pedissem a renúncia do secretário.
Ele rebateu que a decisão é de Trump, mas afirmou que já conversou com ele e recebeu apoio do presidente norte-americano.
Jeffrey Epstein permanece preso pelo menos até semana que vem, quando a Justiça decide se aceita pagamento de fiança para que ele responda o processo em liberdade. Ele nega as acusações.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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