Secretário diz que desabastecimento não prejudicou patrulhamento da PM em SP
Com falta de combustíveis, desabastecimento de produtos e deficiência em alguns serviços, as consequência da greve dos caminhoneiros já começaram a aparecer no país. O trabalho da Polícia Militar, no entanto, não foi afetado. Pelo menos no estado de São Paulo. É o que garantiu o secretário de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, em entrevista exclusiva à Jovem Pan na manhã desta sábado (26).
“Nosso efetivo tem combustível. Tomamos cautelas desde o início do movimento e já adquirimos cotas extras de combustível. Estamos com nossos centros de abastecimento com capacidade para trabalhar pelos próximos dias sem problemas. Tanto é que não tivemos qualquer tipo de prejuízo no patrulhamento ordinário não só na capital mas em todo o estado. Nosso estado continua com patrulhamento normal. As ligações de 190 estão sem espera. A polícia está atendendo todo mundo que está procurando seus serviços. Há normalidade no atendimento da população e no patrulhamento rotineiro”, declarou.
Ainda segundo ele, São Paulo já registrou, no total, 193 pontos de bloqueios de rodovias – bloqueios esses que foram apenas “parciais”, já que a Polícia Militar não permitirá bloqueios totais “em hipótese alguma”.
“Toda via que for interditada contará com ação da PM para desobstruir imediatamente. Mesmo assim, não ocorreu nenhum confronto com manifestantes (…). Na sexta-feira, por exemplo, o efetivo empregado para escoltar 600 mil litros de diesel para o transporte público da capital foi feito pela tropa de choque e não aconteceu confronto”, disse. “Além da escolta para o transporte, fizemos escolta de estoque de insumos para o abastecimento de produtos químicos para o trato da água potável e escolta de material hospitalar. Estamos trabalhando para que os setores essenciais da sociedade não fiquem desassistidos”.
Até o momento, 362 multas foram aplicadas
Em relação às multas aplicadas aos motoristas grevistas, Mágino afirmou que já foram entregues 362 autuações no estado. A ação seguirá sendo realizada nas rodovias e deverá ser ampliada para fora delas.
“Aplicaremos multas não só do sistema de segurança, mas decorrentes da decisão do STF que estabelece multas também para as empresas que estão participando do movimento (…). Só não podemos esquecer que existe muito caminhoneiro que não aderiu à greve e está preso na manifestação impossibilitado de se locomover. Essa diferenciação é fácil. In loco o agente da Polícia Rodoviária Estadual e da Polícia Rodoviária Federal consegue perceber nitidamente quem lidera a paralisação e quem é vítima dessa conduta dos colegas”, concluiu.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.