Secretário do Tesouro diz que mercado não espera por aprovação da reforma da Previdência em 2018

  • Por Jovem Pan
  • 09/11/2018 08h25 - Atualizado em 09/11/2018 08h37
Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil Ele ressaltou também que aprovar temas fora da Constituição que não necessitam de quórum qualificado no Congresso Nacional seria bom, mas que não resolveria o problema fiscal

Em meio aos trabalhos da equipe de transição do novo Governo, o secretário do Tesouro Nacional , Mansueto Almeida, admitiu nesta quinta-feira (08) que nem o mercado financeiro espera mais a aprovação de pontos da reforma da Previdência ainda este ano.

Ele ressaltou também que aprovar temas fora da Constituição que não necessitam de quórum qualificado no Congresso Nacional seria bom, mas que não resolveria o problema fiscal.

O secretário deixou bem claro, no entanto, que sem a reforma da Previdência não tem ajuste fiscal e assim o próximo Governo passará por dificuldades.

Ele se encontrou com a equipe de transição do Governo que discute formas de reduzir os gastos públicos e de encontrar receita para todas as despesas existentes que não poucas. Enquanto isso, no Judiciário, os ministros comemoraram a aprovação do reajuste dos salários para cerca de R$ 39 mil por mês e argumentaram que o que aconteceu na verdade teria sido apenas uma correção da inflação dos anos anteriores.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, já havia deixado claro que, na avaliação dele, esse não era o momento de se conceder o reajuste que terá efeito em cascata não só para o judiciário, mas para todo o funcionalismo, inclusive nos Estados.

Dentro do Supremo, a avaliação é que já passou da hora de se desvincular os salários do supremo ao chamado teto constitucional.

Por ora, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, sinalizou que pretende cumprir o acordo de acabar com o auxílio-moradia.

A equipe do presidente Michel Temer desconversa quando questionada sobre a possibilidade dele vetar o reajuste concedido ao Supremo. O discurso é que o Congresso é soberano. Vale lembrar que o próprio Michel Temer foi quem negociou o aumento com Toffoli em troca do fim do auxílio-moradia.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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