Sede da Secretaria Municipal de Educação em SP continua ocupada por motoristas do TEG
Motoristas que fazem transporte escolar em São Paulo invadiram a Secretaria Municipal de Educação em forma de protesto contra cortes de funcionários. Os manifestantes que participam do TEG, o Transporte Escolar Gratuito, começaram a ocupar o prédio na manhã desta quarta-feira (17).
Uma portaria, publicada no Diário Oficial do município, reduz o número de trabalhadores e faz um sorteio para definir quem continua no trabalho.
O diretor social da UGTESP, a União Geral do Transporte Escolar de São Paulo, explicou que o novo modelo deixa mais de mil transportadores sem emprego. Jorge Formiga disse que o sorteio é uma forma injusta: “o que nós queremos é que se revogue a portaria e, se licitado for futuramente, que tenha como referência a atuação do condutor, o que ele investiu para estar no projeto, e a avaliação como prestador de serviço”.
Em nota, a Secretaria informa que não há mudanças no atendimento às crianças do transporte gratuito e que para elas as regras continuam as mesmas.
Mas a Silvia Souza discorda. Ela é transportadora escolar e diz que a medida atrapalha crianças que moram perto, mas têm dificuldades para ir à escola: “então ele está privando a criança de estudar, porque a criança que mora a 1.960 metros vai ter que ir a pé, com material nas costas, e não tem condições”.
Durante toda a quarta-feira, a Polícia Militar, a Guarda Civil Metropolitana e a CET acompanharam a manifestação e permitiram o protesto pacífico.
Mas à noite, por volta das 20h30, um grupo do Choque entrou pelos fundos do prédio e acabou sendo hostilizado pelos mais de 60 manifestantes que estavam lá dentro. Sem contar os 50 do lado de fora, que também tinham um carro de som.
Os motoristas explicam que hoje ganham pelo transporte de cada criança e que desde o ano passado a Prefeitura diminui o número de estudantes contemplados pelo benefício.
A Secretaria ressaltou, em nota, que “repudia a invasão da sua sede” e “toda e qualquer forma de coação e violência”.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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