Seguro-desemprego irregular pode ter custado R$ 149 milhões, aponta CGU
O governo pode ter pago de maneira irregular mais de 160 mil parcelas do seguro-desemprego em 2018. Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) encontrou um potencial prejuízo de 149 milhões de reais aos cofres públicos.
A análise demonstra que parcelas eram pagas para números de CPFs que não existem ou que não estão regularizados na Receita Federal. Entre outras falhas identificadas, estão pagamentos a beneficiários falecidos, que possuíam outra fonte de renda ou que foram demitidos por justa causa. A falta de verificação periódica por meio de um sistema informatizado, que deveria ser feita pelo Ministério da Economia, é um dos motivos apontados para as irregularidades.
Por conta disso, a CGU recomendou à pasta a implantação de controles que permitam identificar e bloquear esse tipo de pagamento. No entanto, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho informou que o sistema do seguro-desemprego já possui rígidos controles para garantir a qualidade dos benefícios. A pasta vinculada ao Ministério da Economia disse também que o número apresentado corresponde a 0,5% dos benefícios pagos em 2019, quando mais de 6 milhões de trabalhadores foram beneficiados.
Segundo o governo, as observações feitas pela controladoria serão analisadas e incorporadas ao processo de concessão do seguro-desemprego.
* Com informações da repórter Letícia Santini.
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