Sem citar CPMF, Guedes volta a defender imposto sobre transações

  • Por Jovem Pan
  • 18/09/2019 06h36 - Atualizado em 18/09/2019 09h43
Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo O ex-secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, foi demitido recentemente por defender a nova CPMF

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a criação de um imposto sobre transações financeiras. Durante um evento realizado nesta terça-feira (17), em Brasília, Guedes disse que o tributo iria promover o crescimento da economia e gerar empregos, além de viabilizar a redução de alíquotas de outras contribuições.

A declaração do ministro vem em um momento de tensões com relação à criação de novos impostos. Na última quarta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) demitiu o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra.

Bolsonaro disse que a saída de Cintra se deu porque ele insistiu em uma nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e determinou que tal tributo não seja incluído no texto da reforma tributária que está sendo elaborado pela equipe econômica.

No entanto, ontem, Guedes voltou a defender a taxação de operações financeiras e reforçou que o presidente da República está ciente da necessidade de mudanças. “O presidente está consciente da importância dessa reforma, ele sabe que nós precisamos botar o Brasil para crescer e não podemos fazer isso subindo alíquotas desses impostos que estão por aí.”

O ministro da Economia disse que tem um grande problema pela frente e falou do trabalho em conjunto entre Ministério da Economia e Congresso.

Guedes também citou avanços nesse início de mandato e elogiou a atuação do governo. De acordo com ele, uma contribuição sobre operações financeiras ampliaria a arrecadação por coibir a sonegação. “Nós temos que botar para pagar impostos quem não está pagando, quem está sonegando, quem está fazendo outra coisa”, confirmou.

O ministro da Economia pontuou que a criação da nova contribuição iria viabilizar uma queda de alíquotas da tributação sobre Imposto de Renda e encargos trabalhistas.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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