Sem conseguir privatizar, presidentes de estatais querem eficiência e competitividade
Presidentes de estatais participaram, nesta sexta-feira (15), de seminário na Fundação Getúlio Vargas sobre a nova economia liberal brasileira. O recado foi de que haverá a tentativa de se enxugar as empresas públicas do País.
Estavam presentes no evento o ministro da Economia, Paulo Guedes; secretário especial da Previdência, Rogério Marinho; presidentes dos bancos públicos BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, além de Roberto Castelo Branco, presidente da Petrobras.
O presidente da Petrobras disse que o desejo seria que as empresas fossem privatizadas, mas esse não é o desejo do presidente Jair Bolsonaro. Diante da negativa, eles buscam outro caminho para encontrar mais competitividade e produtividade em suas empresas. A ordem é reduzir custos, vender ativos de baixo retorno ou que não façam parte do núcleo da empresa.
O Banco do Brasil, por exemplo, seria muito melhor sem o Governo, daria mais retorno e seria mais benéfica à sociedade, disse Rubem Novaes, presidente da instituição.
Já Castelo Branco, presidente da Petrobras, afirmou que o objetivo é aumentar produção e focar na exploração e produção de petróleo. Os demais ativos que não fizerem parte deste negócio serão negociados ou encontrarão novo caminho.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou, por sua vez, que além de ter iniciado processo de mudanças em cargos gerenciais da cúpula do banco, vai promover a abertura de capital de quatro empresas da instituição.
Com a abertura de capital, Guimarães espera poder arrecadar, no mínimo, R$ 15 bilhões, que será usada para abater a dívida da Caixa com o Governo Federal.
*Informações do repórter Rodrigo Viga
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