Sem empresas interessadas, Bruno Covas considera usar dinheiro público no carnaval de rua de SP
No dia 9 de janeiro, a prefeitura de São Paulo lançou um edital de licitação pública para selecionar empresas interessadas na operacionalização do carnaval de rua da cidade. A licitação, no entanto, não recebeu nenhuma proposta. Diante desse cenário, o prefeito Bruno Covas considera duas possibilidades. A primeira seria contratar diretamente os patrocinadores. A segunda, utilizar dinheiro público para bancar a festa.
“Acho errado [usar dinheiro público]. Mas o erro maior é deixar de ter carnaval de rua. Durante muito tempo a prefeitura fez um tipo de chamamento que é o que se faz Brasil afora. Qualquer cidade que faz esse tipo de evento e recebe recurso privado faz um chamamento, contrata empresas que fazem eventos, não contratam diretamente o patrocinador, e essa empresa vai atrás de patrocinadores. Isso era feito aqui até ano passado, quando o Ministério Público entrou com uma ação de improbidade contra a prefeitura por conta desse tipo de ação. Nós mudamos a licitação, e esse ano licitação foi deserta”, explicou em entrevista à Jovem Pan nesta sexta-feira (25).
“Estamos correndo contra o tempo para tentar, nesse mês, contratar diretamente o patrocinador. Estamos tentando evitar essa intermediação. Até porque são essas empresas de eventos que estão respondendo processos no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Estamos tentando contratar diretamente os patrocinadores para garantir que recursos privados possam continuar a subsidiar o carnaval de rua. Mas não vamos deixar de ter carnaval de rua por problemas burocráticos. Se for o caso, a gente utiliza, sim, recurso público”, completou em seguida.
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