Sem máscaras, médicos e enfermeiros esperam ajuda do governo e doações
A falta de materiais básicos nos hospitais e postos de saúde está preocupando as autoridades e mobilizando voluntários.
Até o final da semana, o Ministério da Saúde promete distribuir 40 milhões de itens, como aventais, toucas hospitalares e luvas, para reforçar estoques de estados e municípios. A pasta também está comprando outras 200 milhões de máscaras cirúrgicas e 40 milhões de máscaras N95, mais resistentes.
O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, pediu que a população não use esses equipamentos sem necessidade para não faltar aos profissionais de saúde.
Além das ações governamentais, a solidariedade também tem ajudado a reduzir a escassez de materiais fundamentais para médicos e enfermeiros.
Em Belo Horizonte, os artesãos Rosilene e Marcelo Monteiro estão fabricando protetores faciais em impressoras 3D para profissionais de saúde. Segundo Rosilene, a produção, ainda pequena, deve aumentar.
Os equipamentos, feitos com materiais doados, são desenvolvidos em parceria com o médico Leandro Duarte, responsável por distribuir os itens a quem precisa. Duarte afirma que o objetivo é aliviar a falta que as máscaras estão fazendo neste momento.
Uma plataforma online criada pelo Conselho Federal de Medicina vai permitir que médicos de todo o país denunciem a falta de equipamentos de proteção e falhas nas unidades de saúde, sejam elas públicas ou privadas.
A lista de itens obrigatórios inclui máscaras, luvas, avental, gorro, óculos, protetor facial, sabonete líquido, álcool em gel, papel toalha e lenços descartáveis.
Também será possível relatar problemas como falta de leitos de internação e de UTI, dificuldade de acesso a exames, problemas na triagem e a falta de profissionais nas equipes ou de pessoal de apoio.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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