Sem normas claras, PM pode ter dificuldade para fiscalizar possível bloqueio total em SP
Sem normas jurídicas claras e falta de apoio de outras instituições, a fiscalização em eventual bloqueio total pode ser tarefa difícil para a Polícia Militar. O avanço no número de novos casos e mortes por covid-19 alimenta a expectativa de um fechamento no estado de São Paulo.
Um plano de lockdown já está estruturado e à disposição para a chancela do governador João Doria. No entanto, ainda não foram divulgadas quais seriam as consequências no caso de desrespeito à medida.
O governo não esclareceu, ainda, se serão aplicadas multas ou, em casos extremos, prisões — e essa questão preocupa grande parte dos policiais militares paulistas.
Na opinião do coronel da reserva Glauco de Carvalho, nesse caso, é possível seguir as normas já expedidas pelo Ministério da Saúde. Ele diz que a Procuradoria do Estado provavelmente produzirá novos parâmetros para atuação da Polícia Militar em caso de bloqueio total confirmado.
Para o cientista político formado pela USP, o apoio do presidente Jair Bolsonaro seria de extrema importância para as medidas restritivas.
Segundo especialistas em segurança pública, o problema da fiscalização de um possível lockdown não seria por falta de efetivo nas ruas. Atualmente, a Polícia Militar conta com mais de 80 mil agentes à disposição do Estado de São Paulo.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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