Sem plano de segurança, governo do RJ não retomará controle de comunidades
A falta crônica de planejamento de segurança somada a ausência do exercício de autoridade do Estado sobre o crime organizado explica os últimos episódios de violência do Rio de Janeiro.
A favela da Rocinha está cercada por tropas das Forças Armadas, mas o fim de semana também foi tenso para os moradores, que conviveram com intensas troca de tiros e o registro de, ao menos, três bandidos mortos em confrontos.
Especialistas ouvidos pela Jovem Pan garantem que, sem política de segurança pública, o Estado continuará enxugando gelo.
Segundo o fundador da ONG Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, a crise institucional agrava o quadro e exige ações permanentes para inspirar confiança: “não podemos mais depender de ações espasmódicas. Estamos vivendo uma crise no TCE, Alerj, Câmara dos Vereadores, Estado acéfalo”.
O ex-comandante do BOPE, Paulo Storani, admitiu que, muitas vezes, o judiciário também joga contra o trabalho da polícia. O antropólogo lembrou que os bandidos em guerra na Rocinha saíram da cadeia com autorização da Justiça: “esses dois criminosos que iniciaram esse processo, há meses atrás estavam presos”.
Entre os bandidos liberados então Rogério Avelino da Silva, acusado de ser um dos responsáveis pela guerra da comunidade, a mulher do traficante Antonio Lopes, o Nem, e oito integrantes da quadrilha.
No portal dos procurados do Disque-denúncia, a recompensa por informações que levem à prisão do traficante conhecido como Rogério 157 subiu de R$ 30 mil para R$ 50 mil.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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