Sem reformas, Brasil gastará 98% do orçamento para despesas obrigatórias em 2021
Sem reformas, o Brasil irá gastar 98% do orçamento para despesas obrigatórias em 2021. O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, avaliou que uma “camisa de força” vai envolver o próximo presidente.
“O próximo Governo o que vai fazer? Talvez ele seja o que muitas prefeituras são hoje: gestoras de folha de pagamento. Isso é muito pouco para um governo. Há um conjunto de medidas e políticas públicas que precisam ser tocadas. É um problema muito sério e que temos de enfrentar”, disse.
As despesas obrigatórias, como a Previdência, sobem acima da inflação e o Governo precisa respeitar o teto de gastos, que veta valores justamente acima da inflação.
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, reforça que em 2019, dados da LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias, apontam para a menor verba de custeio e investimentos dos últimos 12 anos, na casa de R$ 98 bilhões, contra R$ 124 bilhões de 2017. “O Brasil tem, talvez, o Orçamento mais rígido do mundo”, afirmou.
O deputado Marcus Pestana (PSDB) lembrou da tentativa frustrada da reforma da Previdência, para lembrar da dificuldade das alterações tramitarem no congresso: “tem uma palavra mágica que é vontade política”.
O Ministério do Planejamento admite que o rombo fiscal superior a R$ 100 bilhões nas contas públicas nos últimos anos deverá poderá permanecer até 2020.
*Informações do repórter Marcelo Mattos
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