Semana será tensa depois de Bolsonaro convocar população para protestos
O presidente Jair Bolsonaro fez um discurso convocando a população para ir às ruas no próximo domingo (15), que é quando estão marcadas as manifestações favoráveis ao governo. Antes de embarcar para os EUA, onde fica até terça-feira (8), ele fez uma escala em Boa Vista, no Estado de Roraima, e participou de um evento.
Em um vídeo postado nas redes sociais, Bolsonaro fez uma promessa usando uma metáfora. Ele disse que já levou “facada no pescoço”, dentro do gabinete, por pessoas que não pensam no Brasil. Logo depois ele afirmou que o movimento marcado para o dia 15 é espontâneo. “O político que tem medo de movimento de rua não serve para ser político.”
Desde que foram marcadas as manifestações da próxima semana, ele tem recebido críticas do congresso e do Supremo Tribunal Federal, que interpretam o movimento como um ato antidemocrático e contra os poderes legislativo e judiciário. Bolsonaro discorda dessa visão.
Quem também discursou no evento foi o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno. Ele reforçou a fala da Jair Bolsonaro dizendo que estamos diante de uma “realidade inevitável”.
Segundo o ministro, o presidente fará um novo Brasil e o governo está “dando certo” apesar de encontrar uma resistência muito grande. “Se criou nesse país uma rede de corrupção que está sendo desbaratada por esse governo, Tem prejudicado planos espúrios de muita gente”, disse.
Os atos do dia 15 de março foram marcados justamente após falas do general Augusto Heleno, que vazaram no sistema de som do Palácio do Planalto, de que o governo deveria chamar a população para pressionar deputados e senadores “chantagistas”.
As manifestações ocorrem em meio ao impasse entre governo e congresso em torno do Orçamento impositivo, enquanto é aguardado o envio da reforma administrativa e as propostas para a reforma tributária.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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