Senado aprova reoneração da folha e isenção de PIS/Cofins sobre diesel
O Senado aprovou o projeto que zera a cobrança do PIS/Cofins sobre o preço do óleo diesel. O resultado foi fruto de um trato entre o Congresso e o governo para que o acordo com os caminhoneiros seja cumprido o mais rápido possível. O projeto vai à sanção e o presidente Michel Temer vai vetar o ponto que retira o PIS/Cofins.
Cabe à equipe econômica do Planalto encontrar uma forma de compensar a retirada do imposto e cumprir a promessa de reduzir o preço do óleo diesel em R$ 0,46. Como indica o presidente do Senado Eunício Oliveira, do MDB. “É uma posição de contribuição do Congresso para a manutenção dos mesmos R$ 0,46. O presidente, juntamente com seus ministros, substituirão a fonte que vai suprir entre um valor e outro”, explicou Eunício.
A eliminação do PIS/Cofins é parte da proposta que reonera a folha de pagamento de 28 setores da economia. Os R$ 4 bilhões que o governo espera arrecadar com a medida vão servir para compensar parte do impacto da redução do preço do diesel. A estimativa da perda total com a queda do valor do combustível é de R$ 13,5 bilhões.
A líder do MDB no Senado, Simone Tebet, diz que o governo não tem mais de onde tirar para atender às reivindicações. Porém, nem todos os grevistas estão convencidos de parar o movimento. “Não temos mais lastro fiscal. Não temos mais de onde fazer concessões. Para se fazer concessões, nós teríamos uma única saída que não aceitamos votar, que é o aumento de imposto”, disse a parlamentar.
Um dos líderes dos caminhoneiros autônomos, Wallace Landim, conhecido como Chorão, adota um discurso radical. “Fizeram um acordo com o pessoal do sindicato, confederação, federação e a categoria não aceitou. Para voltar tem que ter um acordo com o diesel a menos R$ 3,00 e a gasolina R$ 3,15 senão não volta a trabalhar”, ressaltou.
Segundo Chorão, os caminhoneiros autônomos não têm relação com movimentos que pedem intervenções ou a derrubada do governo.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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