Senado deve aprovar Augusto Aras para PGR

DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO A expectativa é que o nome de Augusto Aras seja aprovado no plenário no mesmo dia que a sabatina, ou seja, na próxima quarta-feira (18)

A mensagem presidencial com a indicação de Augusto Aras para o comando da PGR deve ser lida nesta segunda-feira (9) no plenário do Senado Federal. Esta é apenas a primeira etapa que o atual subprocurador-geral da República terá que vencer para assumir a chefia do Ministério Público Federal.

Após a leitura, a indicação segue para a Comissão de Constituição e Justiça, onde a presidente, senadora Simone Tebet, escolhe um parlamentar para fazer um parecer sobre a indicação do presidente da República.

Independente do conteúdo desse relatório, Augusto Aras terá que passar por uma sabatina na CCJ, nos moldes de como acontece com indicados para ocupar cadeiras no Supremo Tribunal Federal ou para comandar embaixadas brasileiras no exterior.

Para tentar aliviar o tom dos questionamentos e já garantir um certo apoio, o indicado a PGR inicia, já nesta segunda-feira (9), uma série de reuniões com senadores. A ideia dele é conversar individualmente com cada um dos 81 parlamentares antes da sabatina, que deve ocorrer no próximo dia 18.

Após a sabatina, a CCJ vota o relatório e, de novo, independente do resultado, a indicação segue para o plenário, que é aonde, de fato, se decide sobre a questão.

Ao deixar o desfile de comemoração do 7 de setembro, neste sábado (7), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a indicação do novo PGR e os vetos ao projeto de abuso de autoridade.

Apesar de alguns senadores já terem questionado a indicação do presidente da República, já há maioria tanto na CCJ quanto no plenário para aprovar a ida de Augusto Aras para a chefia da Procuradoria-geral da República. Tanto é que a expectativa é que o nome dele seja aprovado no plenário no mesmo dia que a sabatina, ou seja, na próxima quarta-feira (18).

Mesmo assim, Aras tentará conversar, ao longo dos próximos dias, inclusive com os senadores que são contra a indicação dele. A estratégia é justamente diminuir a resistência e tentar tranquilizar os parlamentares que consideraram que ele pudesse ser uma ameaça ao trabalho que vem sendo desempenhado pelo Ministério Público ao longo dos últimos anos.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado