Senado deve concluir reforma da Previdência nesta terça

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2019 06h27 - Atualizado em 22/10/2019 10h38
Agência Senado Plenário do Senado Apesar da crise interna vivida pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, a previsão é de aprovação tranquila

A reforma da Previdência pode ter o seu passo final dado nesta terça-feira (22), pelo Senado. Tanto a Comissão de Constituição e Justiça como o plenário devem votar a matéria em segundo turno, após cumprido o prazo de interstício desde a primeira votação. Pela manhã, a CCJ vota as últimas emendas apresentadas à PEC.

Até esta segunda-feira (21), eram três: uma do líder do governo Fernando Bezerra Coelho (MDB), uma do líder da oposição Randolfe Rodrigues (Rede), e outra do senador Jaques Wagner (PT). A esta altura, as emendas podem alterar apenas a redação, e não mais de mérito da reforma.

Mais tarde, é a vez do plenário, onde além de aprovar o texto-base com no mínimo 49 votos, o governo busca rejeitar os destaques para evitar novas desidratações e manter o impacto fiscal previsto pela reforma, no momento de R$ 800 bilhões os próximos dez anos.

Apesar da crise interna vivida pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, a previsão é de aprovação tranquila. Como indica o presidente em exercício, Hamilton Mourão.

“A votação de maior interesse é a da Previdência, o Senado ainda não foi afetado pela disputa interna do PSL – então acho que vencemos isso. Até o final da semana espero que o PSL se organize e chegue a algum acordo.”

Na véspera da votação, senadores de oposição usaram a tribuna do plenário para criticar a reforma, a exemplo do senador Rogério Carvalho (PT).

Mercado em alta

A expectativa para a votação animou o mercado. Pela primeira vez na história, a Ibovespa fechou acima dos 106 mil pontos, registrando alta de 1,23 por cento nesta segunda-feira. O recorde anterior é do dia 10 de julho, após a aprovação da Previdência em primeiro turno na Câmara.

Para os investidores, o andamento das reformas e da pauta econômica ganhou pernas próprias no Congresso e não deve ser afetado pelos problemas do PSL.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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