Senado dos EUA derruba declaração de estado de emergência nacional e frustra Trump
O Senado norte-americano derrubou a declaração de estado de emergência nacional, emitida por Donald Trump no dia 15 de fevereiro. A decisão é mais um capítulo na queda de braço entre congressistas e o presidente norte-americano pela construção do muro na fronteira com o México.
No começo de dezembro, algumas agências federais ficaram paralisadas sem orçamento por causa de um impasse sobre o financiamento da estrutura.
A greve se tornou a mais longa da história dos Estados Unidos, e foi encerrada temporariamente no dia 25 de janeiro, quando Trump assinou um acordo com vigência até o dia 15 do mês seguinte.
Na véspera do fim do prazo, o Congresso aprovou um projeto de lei de orçamento que garantia o pagamento de salários e evitava uma nova paralisação. Como o projeto não incluía a verba para a construção do muro, o presidente Donald Trump recorreu ao estado de emergência.
Esta declaração dá permissão para que o chefe de Estado use fundos federais sem a necessidade de aprovação do Congresso.
A medida permitiria, portanto, que Trump fizesse as movimentações necessárias para a construção do muro, uma das principais propostas de campanha do republicano.
Após a derrota no Senado, Donald Trump afirmou nesta quinta-feira (14) que vai vetar a decisão dos congressistas e declarar um novo estado de emergência. Se isso se concretizar, os políticos ainda podem evitar a nova tentativa de Trump para a construção do muro. No entanto, serão necessários dois terços do Congresso para derrubar o veto presidencial.
Os republicanos no Senado e na Câmara garantem ter votos suficientes para bloquear qualquer tentativa de impedir Donald Trump.
*Informações da repórter Nanny Cox
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