Senado pressiona conclusão de acordos com vítimas do voo da Chape
Há quase 3 anos da tragédia com o avião da Chapecoense, em novembro de 2016, ainda paira o sentimento de dor, impunidade, sofrimento e falta de respostas. Nesta quinta-feira (15), o senado federal, debateu pela segunda vez no ano, a indenização a familiares das vítimas do acidente.
A Comissão foi marcada pelo depoimento emocionante de um dos sobreviventes: o jogador Neto. Ele relembrou os momentos de tensão no voo da Lamia, que levava o time para a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, e cobrou providências dos responsáveis.
O dono da Lamia, Ricardo Albacete, também participou da Comissão De Relações Exteriores, através de uma videoconferência. Ele pediu desculpas pelos erros que cometeu ao alugar a aeronave, mas defende que a investigação sobre o caso seja reaberta para que todos os responsáveis sejam envolvidos na negociação.
Já o senador Romário foi enfático ao cobrar da seguradora que fez um acordo de indenização com 23 famílias o pagamento do valor de US$ 225 mil.
“Eu perguntei aqui ao advogado da família e ele me disse que, até o momento, nenhum tipo de ajuda foi dada pela sua empresa. O que você está fazendo aqui? Qual o objetivo do senhor nessa audiência pública?”
Alex Stovold, advogado da seguradora Clyde e Co, se defendeu dizendo que pode mostrar que não está mentindo. De acordo com ele, um fundo foi organizado para dar assistência aos familiares e as conversas foram confidenciais.
O advogado do jogador Neto, Marcel Camilo, chamou a fala do representante da seguradora de teatro e disse que nunca foi dada outra opção aos familiares. O senador Jorge kajuru se comprometeu a levar o assunto ao presidente Jair Bolsonaro na próxima semana para tentar encontrar uma solução.
O acidente com o avião da Chapecoense deixou 71 mortos, entre jogadores, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulação.
*Com informações do repórter Vinícius Moura
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