Senado realiza sabatina com Augusto Aras na quarta
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal sabatina Augusto Aras nesta quarta-feira (25). Ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir Raquel Dodge no cargo máximo da Procuradoria-Geral da República. Dodge deixou o cargo na última terça-feira (17).
A expectativa é de que a sessão comece às 9 horas da manhã e termine no fim da tarde. De acordo com a presidente da CCJ, senadora Simone Tebet, ainda há a possibilidade de que a indicação siga para análise no plenário o mesmo dia. “Nós iremos encerrar a sabatina do dia 25. A depender do horário e da manifestação da vontade soberana da Comissão, poderá estar sendo solicitado em regime de urgência para plenário. É uma decisão do presidente votar no mesmo dia ou não.”
O relator da indicação, senador Eduardo Braga, considera que Augusto Aras cumpriu todas as exigências técnicas e legais para assumir a chefia do MPF. Ele se comprometeu a devolver a carteira da OAB e se retirar da sociedade de um escritório de advocacia caso seja aprovado no Senado. No parecer, Braga lembra ainda que não há exigência legal para que o nome seja escolhido a partir da lista tríplice elaborada pelos integrantes do MP, que foi ignorada por Jair Bolsonaro.
De qualquer forma, o senador ainda espera esclarecimentos por parte do, até agora, sub-procurador. “É um debate de conteúdo, de postura, de esclarecimentos. De um MP que todo mundo espera que seja independente, apartidário, mas que tenha posições claras para que possamos avançar com bom senso em temas como direitos individuais e coletivos, meio ambiente, questões econômicas.”
É bom lembra que, desde que foi oficialmente indicado pelo presidente da República, Augusto Aras fez uma verdadeira peregrinação entre gabinetes para se preparar para a sabatina. Ele esteve reservadamente com dezenas de senadores e, inclusive, participou de uma reunião de líderes da Casa.
Nesses encontros, o subprocurador garantiu que dará continuidade a Operação Lava Jato e ao combate à corrupção. Ele fez questão de deixar claro que não terá o trabalho influenciado por Jair Bolsonaro.
*Com informações do repórter Antônio Maldonado
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