Senador se reúne com Bolsonaro e ministros para pedir socorro financeiro: ‘Remédio vai chegar muito tarde’

Entre os assuntos tratados no encontro de Jorginho Mello com o governo estavam o Pronampe, a continuidade do BEm e a aprovação do MEI Caminhoneiro

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2021 10h20 - Atualizado em 14/04/2021 13h26
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado Homem com terno de cor clara e máscara sentado Jorginho Mello elogiou a liberação de R$ 37,5 bilhões em empréstimos através do Pronampe, mas disse que não é suficiente

O senador Jorginho Mello, presidente da Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas, participou, na última terça-feira, 13, de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, ministros e representantes de setores de beleza, turismo, bares e eventos para pedir socorro financeiro. “Eles representam 12 milhões de empregos no Brasil e passam por uma dificuldade muito grande. Tem empresa fechando, dono de restaurante juntando as cadeiras no meio do salão e indo embora. Falamos de comércio, bares, salões de beleza, turismo, eventos. Fomos pedir um socorro que não demora, porque se não o remédio vai chegar muito tarde.”

Entre os assuntos tratados no encontro estavam a injeção de dinheiro no Pronampe, a continuidade do BEm e a aprovação do MEI Caminhoneiro. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Jorginho Mello elogiou a liberação de R$ 37,5 bilhões em empréstimos através do Pronampe, mas disse que não é suficiente. “Pedimos que reeditem o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm). O governo ficou impressionado com os dados que mostram que 91% de todos os bares e restaurantes não pagam a folha de pagamentos desse mês. E mês que vem será pior ainda. Esse abre-fecha vai se estender pelo ano todo.”

Jorginho Mello citou o projeto do MEI Caminhoneiro, que está na Câmara dos Deputados. A medida permitiria trabalhadores autônomos que faturam até R$ 300 mil se cadastrarem como microempreendedores. “Transformando o caminhoneiro em Pessoa Jurídica permite a compra de pneu mais barato, por exemplo”, afirmou o senador. De acordo com ele, setores como o de supermercados não sofrem tanto com a crise. Mas bares, restaurantes, eventos e shows “já morreram e precisam ressuscitar”. Segundo o senador, o maior problema nesse processo está nos bancos, que “só oferecem dinheiro para quem já tem, já que não gostam de correr riscos.”

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