Senadores criticam tuíte de Renan Calheiros contra jornalista e cobram providências
O senador Renan Calheiros (MDB), derrotado na eleição para a presidência do Senado, não veio à sessão que inaugurou os trabalhos legislativos no Congresso e deve passar a semana em Alagoas. Mas ele não deixou de ser assunto entre os parlamentares antes e após a sessão solene.
Desafeto pessoal do emedebista desde quando era deputado, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, voltou a criticar o cacique. Onyx atuou ativamente na vitória de Davi Alcolumbre (DEM) à presidência da Casa. Segundo ele, foi uma vitória do Brasil e atrelou Renan Calheiros ao PT: “apesar da virulência e violência de quem via ruir dois projetos. Um que há 24 anos dominava o Congresso e outro de transformar através da vitória do principal oponente o Senado na cidadela de resistência do PT”.
Colegas de Renan criticaram o tuíte dele na noite de domingo em que ataca a jornalista Dora Kramer, da revista Veja, além de citar o falecido senador Ramez Tebet, pai da senadora Simone Tebet, que foi adversária dele dentro do MDB.
Simone, que vem pregando mudanças dentro do partido, evitou comentar o episódio: “achava que conhecia um pouco. Hoje desconheço o homem e não só o político Renan Calheiros”.
A senadora Eliziane Gama (PPS) cobrou providências por parte do Senado: “atitude que não pode ser admitida por quem quer que seja, sobretudo por um representante público”.
Os senadores se dividem sobre qual seria a melhor forma de tratar o caso. Para alguns, ele tem que ser levado ao Conselho de Ética da Casa. Já para outros, é caso de polícia.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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