Coronavírus: Senai cria ‘operação de guerra’ para consertar respiradores

  • Por Jovem Pan
  • 31/03/2020 11h23 - Atualizado em 31/03/2020 11h27
Claudio Furlan/EFE O Senai criou 25 postos de atendimento e conta com a parceria de empresas, principalmente do setor automotivo, que disponibilizaram seus funcionários em tempo integral para trabalhar na força tarefa

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) criou uma verdadeira “operação de guerra” para consertar respiradores de hospitais e “salvar vidas” em meio à pandemia do novo coronavírus.

Em entrevista do Jornal da Manhã – 2ª Edição, o gerente de inovações do Senai, Marcelo Prim, afirmou que a estimativa é que até 20% dos respiradores instalados nos hospitais demandam de manutenções.

“Cada respirador é um caso diferente. Às vezes é só um fio desempacado, outras tem que trocar um componente que precisa ser importado. Às vezes precisamos desmontar dois respiradores para montar um, mas já estamos conseguindo colocar alguns de volta (nos hospitais) e, o mais importante, a estimativa é que cada aparelho pode salvar até 10 vidas.”

De acordo com Marcelo, os equipamentos são relativamente caros e estão em falta no mercado. Em média, cada respirador custa U$ 15 mil, o que representa, no Brasil, em torno de R$ 75 mil. Por isso, a manutenção se tornou tão importante, já que permite ter acesso mais fácil aos equipamentos.

Para dar conta da demanda, o Senai criou 25 postos de atendimento e conta com a parceria de empresas, principalmente do setor automotivo, que disponibilizaram seus funcionários em tempo integral para trabalhar na força tarefa.

Segundo o gerente de inovações, todos os funcionários receberam o mesmo treinamento, garantindo a mesma metodologia em todas as unidades.

“Treinamos todos, é como uma oficina mecânica. Estamos discutindo parcerias com empresas que possam fazer a logística para buscar e levar os respiradores consertados. É praticamente uma operação de guerra, estamos fazendo o o possível e inimaginável para salvar vidas.”

O Senai está coordenado, junto com o governo e o ministério da Saúde, o recebimento dos equipamentos que precisam de consertos para atender a demanda.

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