Serviços essenciais na capital paulista seguem ameaçados com greve de caminhoneiros
A paralisação de caminhoneiros pelo Brasil ainda traz preocupação sobre a manutenção de serviços essenciais na cidade de São Paulo. Somente na área da saúde, cerca de 100 cirurgias eletivas estão sendo canceladas a cada dia de greve. O secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara explica quais os insumos e produtos mais afetados com o desabastecimento.
“O impacto é na questão de oxigênio e outros gases, eles não estão vindo, principalmente lavanderia, roupas esterilizadas e algum tipo de medicamento específico de cirurgia que não chega. Não que estejamos com zero, mas estamos priorizando uma preparação para um prolongamento dessa greve”, afirmou o secretário.
De acordo com Pollara, esses pacientes terão reagendamento rápido assim que normalizar a situação. É cogitado inclusive, que procedimentos sejam feitos em horários estendidos para não gerar represamento de cirurgias.
Outra preocupação do setores da saúde e educação é com faltas de profissionais e alunos por não conseguirem se deslocar aos postos de trabalho. Ainda assim, no caso da saúde, o secretário Wilson Pollara garante que os funcionários estão buscando alternativas, e as mil unidades ligadas à saúde em São Paulo estão em funcionamento.
Segundo o prefeito Bruno Covas, além dos serviços essenciais, o comitê de crise começa a ampliar o leque de preocupações e faz apelo para que os caminhoneiros voltem ao trabalho. A Prefeitura estima prejuízo superior a R$ 100 milhões na arrecadação desde o início da greve.
“Só de perda de arrecadação na cidade de São Paulo, a secretaria da Fazenda estima que nessa semana perdemos algo em torno de R$ 100 a 150 milhões. Perdemos isso na educação, na saúde, na assistência, no esporte, enfim”, disse Covas.
O prefeito ainda confirma que a prefeitura tem trabalhado com margem bastante estreita, com estoques que precisam ser renovados e buscados a cada 24 horas durante a greve.
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