Setor de transporte de cargas teme aumento de roubos com redução de fiscalização
A Polícia Rodoviária Federal busca parcerias para estancar a falta de dinheiro, após anunciar a suspensão e restrição de serviços em todo território nacional, com exceção do Espírito Santo.
Nas estradas já há diminuição do patrulhamento com viaturas, suspensão de resgates aéreos e fechamento de postos.
A ideia da Polícia com a articulação é recompor o orçamento. Quase metade foi contingenciado, o que significa que a corporação terá de adequar a verba às atividades possíveis de serem realizadas até dezembro.
As entidades que representam o setor de transporte de cargas veem o cenário com preocupação.
O presidente do Sindicato das Empresas de Carga de São Paulo, Tayguara Helou, afirmou que o caminhoneiro sofrerá com a falta de segurança: “na verdade, o roubo de carga hoje é o pior problema do nosso setor”.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o roubo de cargas registrou alta em maio: 31,8% na Capital e 37,2% no estado em relação ao mesmo período do ano passado.
Só no primeiro trimestre, a Polícia registrou, em média, 30 roubos de mercadoria de caminhões por dia.
O orçamento aprovado para a Polícia Rodoviária Federal na Lei Orçamentária Anual pelo Congresso foi de R$ 460 milhões.
O limite fixado pelo Ministério da Justiça para a PRF para despesa de custeio da instituição em 2017 é R$ 257 milhões.
Bom lembrar: a Polícia Federal também passa por contingenciamento. Na semana passada, a PF suspendeu a emissão de passaportes.
Em nota, o Ministério do Planejamento justifica o problema ao “o fraco desempenho das receitas públicas”. O texto diz que para assegurar o cumprimento das metas fiscais, “o Governo federal se viu obrigado a fazer um contingenciamento de recursos em 2017.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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