Setor do aço ainda sente efeitos da tragédia de Brumadinho
A tragédia de Brumadinho matou 259 pessoas e há ainda 11 desaparecidas. Além do saldo irreparável às famílias e vítimas, o rompimento da barragem da Vale, em 25 de janeiro de 2019, em Minas Gerais, trouxe também reflexos a atividade siderúrgica do país.
O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, ressalta a queda na produção em 8,2% — e a redução do consumo aparente, em 2,4% em 2019.
“A queda também no mercado interno se deve pela recuperação que de fato ocorreu, mas não na intensidade e velocidade desejada e necessária. Para 2020 as expectativas são bem mais favoráveis. Estamos estimando um crescimento da produção na faixa de 5,3%, as vendas em 5,1% e o consumo aparente também entre 5%.”
Marco Polo explica que a capacidade instalada atingiu 64% e o ano ficou abaixo das expectativas.
“Mesmo com esse crescimento que é bastante significativo, o setor passaria a operar com cerca de 67% da capacidade — o que é muito baixo. Isso define a necessidade muito grande de exportação. Para isso vamos trabalhar junto ao governo para melhorar as condições de competitividade e assegurar acesos aos mercados.”
De acordo com o Instituto Aço Brasil, com a queda nas vendas internas, o volume somou 18,5 de toneladas e a produção total atingiu 32,5 de toneladas.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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