Setor de vestuário projeta mudanças no consumo após a pandemia
Com a maior parte do comércio fechado, os setores de vestuário e calçados devem finalizar o ano com queda de, no mínimo, 15% nas vendas. De acordo com projeções do IEMI Inteligência de Mercado, a cada mês que as lojas físicas ficam fechadas, a perda é de 7 a 9% nas vendas – mesmo com a internet e esquemas de drive-thru.
Com a reabertura do comércio, o IEMI aconselha a oferta de descontos qualificados, condições de parcelamento e até sorteios para se posicionar e reerguer. No entanto, por mais que haja mudanças no mercado, o consumidor não sairá o mesmo desta pandemia da Covid-19.
Cerca 60% dos brasileiros devem mudar os hábitos de consumo de roupas e calçados. Destes, 19% devem incluir a internet na rotina e outros 29% pretendem parar de comprar.
Em uma discussão promovida pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil, o idealizador da São Paulo Fashion Week, Paulo Borges, diz que o mundo está recomeçando e acabando com velhos costumes. Além da questão do consumo, ele acredita que haverá uma oportunidade de valorização do produto brasileiro.
O presidente da Associação Brasileira de Estilistas, Paulo Lourenço Bartholomei, concorda que será o fim da ostentação, mas acredita, no entanto, que a simplicidade não deve durar muito.
Os especialistas ressaltam que, pelo menos no médio prazo, não haverá espaço para a moda e, inclusive, influenciadores que não contribuem com pautas positivas.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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