Apesar do tombo histórico da indústria, setores conseguem escapar da crise

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2020 07h14 - Atualizado em 08/06/2020 08h08
SÉRGIO CASTRO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE A maior queda na atividade industrial brasileira, desde a série histórica desde 2002, aponta reflexo em 22 dos 26 segmentos pesquisados

O agronegócio está conseguindo driblar a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19.  Além do alimentício, o impacto do coronavírus somente não foi sentido pelos setores farmacêutico, higiene e limpeza. Exceções na queda recorde da atividade industrial brasileira que chegou a 18,8% em abril, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, avalia que o bom desempenho se deveu ao consumo em alta no Brasil e exportações acima de US$ 3,5 bilhões.

A maior queda na atividade industrial brasileira, desde a série histórica desde 2002, aponta reflexo em 22 dos 26 segmentos pesquisados; dos quais 15 foram recordes.

A indústria automobilística foi o segmento mais atingido, com o fechamento das fábricas e concessionárias. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos, Luiz Carlos Moraes, estima que a produção do setor vai cair 40% em 2020.

São Paulo representa quase 30% das vendas do setor automotivo e a quarentena fez o mercado cair 99% no estado. Agora fica a expectativa da reabertura das concessionárias, que possuem três meses de estoques de veículos.

Nessa cadeia longa, a queda foi também sentida na metalurgia, 28,8%; borracha e plástico, 25,8% e nas vendas de máquinas e equipamentos, 30,8%.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos 

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