Sindicato nega responsabilidade dos postos pelo preço dos combustíveis

  • Por Jovem Pan
  • 22/05/2018 08h48
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas "O consumidor final no Brasil não tem opções", diz sindicato das Empresas de Transportes de Carga

Os preços dos combustíveis voltam a subir nas refinarias, a partir desta terça-feira (22). A alta do diesel é de 0,97% e da gasolina, de 0,9%.

Só na semana passada, foram cinco reajustes diários seguidos feitos pela Petrobras e, ontem, veio o anúncio de mais um aumento.

A estatal se justifica, dizendo que a disparada no valor dos combustíveis é resultado da nova política de correções, adotada em julho do ano passado.

Pela metodologia, os preços estão “atrelados aos mercados internacionais” e não há o que fazer diante do aumento da cotação do petróleo fora do Brasil.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, diz que o preço alto não é culpa dos donos dos postos.

“Os aumentos acontecem porque o governo está acompanhando o mercado internacional, esquecendo que nós temos problemas aqui também”, disse. “Lembrando que 50% do preço do produto nas bombas são impostos”.

Nesta segunda-feira, caminhoneiros fizeram protestos contra os aumentos e bloquearam estradas em pelo menos 20 estados.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo (Setcesp), Tayguara Helou, o problema é o fato da Petrobras monopolizar a venda dos combustíveis no Brasil.

“Se pelo menos o mercado fosse aberto, essa política seria muito mais bem-vinda, porque haveria opções. O consumidor final no Brasil não tem opções. Ele paga o que a Petrobras estipula e ponto final, o que traz uma desigualdade muito grande”, disse,

Nesta segunda à noite, o presidente Michel Temer se reuniu com ministros da equipe econômica para discutir a escalada dos preços do combustível.

Segundo o ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, o Palácio Planalto vai “com responsabilidade” a situação dos combustíveis e não tomará decisões “no ímpeto”.

Confira na matéria de Vitor Brown ao Jornal da Manhã:

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