Sindicatos tentam, mas Governo e oposição consideram mínimas as chances de retomada do imposto
Após o fim do imposto obrigatório, sindicatos fazem último esforço para aprovar no Congresso uma fonte de renda alternativa.
O tributo foi extinto com a reforma trabalhista, que entrou em vigor no sábado, mas as centrais já trabalham na elaboração de uma nova proposta.
A ideia é utilizar uma medida provisória para autorizar a cobrança, que só aconteceria após aprovação em assembleia de cada categoria.
A articulação está sendo costurada pela Força Sindical, que busca o apoio de partidos como PT, PCdoB e PSOL.
Apesar da mobilização, Governo e oposição admitem que a questão está definida e consideram remota a possibilidade de retomada do pagamento.
Um dos principais aliados do presidente Michel Temer, o deputado Beto Mansur, disse que a movimentação já era esperada: “é lógico que alguns sindicatos, principalmente a Força Sindical, tentou achar uma alternativa. Mas digo que é quase impossível ter o retorno do imposto sindical através de MP ou de qualquer outra alternativa que possa surgir dentro do Governo”.
O deputado Beto Mansur ressaltou que as alternativas ao fim do imposto sindical já passaram por discussão no plenário da Câmara e não foram aceitas.
O líder do PT na Casa, Carlos Zaratini, reclamou da má vontade dos partidos da base aliada de Temer e acusou o Governo de defender empresários: “eles estão fazendo uma reforma trabalhista que começa a valer agora, e sem os sindicatos para fazer oposição, para lutar, impedir série de arbitrariedades fica mais fácil”.
Carlos Zaratini afirmou que a proposta de cobrança do imposto sindical após aprovação em assembleia é “bastante democrática”.
A negociação por uma nova fonte de renda aos sindicatos tem a participação do ex-presidente Lula, que se reunirá nesta terça-feira (14) com representantes da Força.
*Informações do repórter Vitor Brown
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