Sinovac Biotech foi a primeira a ter autorização para vacina contra H1N1 em 2009

  • Por Jovem Pan
  • 13/06/2020 07h47 - Atualizado em 13/06/2020 07h47
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Leandro Ferreira/Estadão Conteúdo A empresa também já produziu vacinas contra o enterovírus, hepatites A e B e gripe aviária, além de imunizações contra varicela e caxumba

A nova aliada do governo de São Paulo na luta contra a covid-19 é uma empresa desconhecida do grande público, mas que tem conseguido avanços no campo das vacinas.

Cerca de 27 anos depois de ser criado, a chinesa Sinovac Biotech é uma das empresas que está à frente da corrida global por uma vacina contra o coronavírus. Mas essa não é a única iniciativa que integra o portfólio da empresa.

Em 2009, ela foi a primeira do mundo receber autorização para a vacina contra a gripe H1N1. Também já produziu vacinas contra o enterovírus, hepatites A e B e gripe aviária, além de imunizações contra varicela e caxumba.

A história do Sinovac Biotech também tem suspeitas de corrupção. Segundo uma matéria do jornal americano The New York Times, o laboratório teria pagado propina ao governo chinês para obter a aprovação de medicamentos.

O esquema teria ocorrido entre 2002 e 2014, envolvendo valores equivalentes a US$ 50 mil. A Sinovac, no entanto, não foi acusada formalmente pelas autoridades chinesas.

Agora, a empresa tem uma das 10 vacinas contra a covid-19 que estão na Fase 3, a mais avançada. Os testes desta etapa serão feitos em 9 mil brasileiros a partir do mês que vem em parceria com o Instituto Butantan, como anunciou o governo de São Paulo nesta semana.

De acordo com o diretor-geral do instituto, Dimas Covas, a vacina do laboratório chinês foi escolhida em detrimento das outras porque usa a mesma tecnologia dominada pelo Butantan. A vacina do Sinovac usa o vírus da covid-19 inativo, o que torna a imunização mais segura.

Foram investidos na parceria cerca de R$ 85 milhões pelo governo paulista. Se a vacina se mostrar eficaz e segura nos testes com os voluntários, o Butantan será o responsável pela produção do soro.

De acordo com o governo, ela pode estar no sistema público de saúde já no primeiro semestre do ano que vem.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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