Sírio-Libanês inicia pesquisa com corticoide para combater coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2020 06h45 - Atualizado em 15/04/2020 08h24
EFE/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON No Brasil, o primeiro processo de cura a partir desta linha de procedimento ocorreu no Hospital Vila Nova Star

O Hospital Sírio-Libanês iniciará, uma nova pesquisa de tratamento para combater o coronavírus. Desta vez, o medicamento avaliado não será a cloroquina, mas sim um corticoide chamado dexametasona.

Essa é a primeira pesquisa da coalizão formada por hospitais de ponta como Sírio, Albert Einstein e Oswaldo Cruz, com este tipo de medicação.

Só serão submetidos a esse tratamento pacientes em estado grave internados em UTIs que apresentarem síndrome de desconforto respiratório agudo causado por coronavírus e que estejam utilizando respiradores mecânicos.

O objetivo da pesquisa é comprovar se a dexametasona ajuda na recuperação dessa síndrome, e, por consequência, na diminuição do tempo dos infectados pela covid-19 nos respiradores.

O estudo acompanhará a evolução dos casos em 300 pacientes, sendo que parte deles vai usar a dexametasona. E outra parte não receberá o corticoide. Dessa forma, será possível fazer a comparação entre os resultados obtidos.

O diretor médico do laboratório que vai fornecer o medicamento, Dr, Stevin Zung indica como será a modelagem que vai contar também com seguro para os participantes.

“Doação de 2,5 mil ampolas de dexametasona, com toda logística de distribuição do medicamento para o centro de pesquisa, e também um seguro do estudo clínico que fornece cobertura para os pacientes e possíveis necessidades decorrentes do estudo. Serão 300 pacientes e, aproximadamente, 40 centros de pesquisas. Os primeiros resultados devem sair em dois meses.”

No Brasil, o primeiro processo de cura a partir desta linha de procedimento ocorreu no Hospital Vila Nova Star.

O médico responsável pelo estudo foi o imunologista e consultor da Jovem Pan, Doutor Roberto Zeballos que aponta o avanço do tratamento e os resultados da pesquisa.

” Como a melhora é muito rápida, em sete dias, o meu trabalho vai defender a tese do uso precoce, não tem que esperar ir para o tubo porque a reação já saiu fora de controle. O meu critério vai ser: começou a cair a oxigenação e o paciente tem lesão pulmonar a gente já entra com esse tratamento brando, curto, se é diabético a gente controla o açúcar com facilidade no hospital e a gente já entra no começo.”

Roberto Zeballos está em contato permanente com instituições espalhadas pelo mundo para trocar informações sobre os estudos e pesquisas.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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