Sob pressão, Anvisa decide sobre importação da Sputnik V nesta segunda

Em março, o governo federal fechou a compra de 10 milhões de doses da vacina; enquanto isso, o Consórcio Nordeste adquiriu 37 milhões de unidades do imunizante contra a Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2021 07h27 - Atualizado em 26/04/2021 10h03
EFE/EPA/RDIF Frascos da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V A aprovação da Sputnik V tem sido uma demanda dos governadores do Nordeste

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve decidir nesta segunda-feira, 26, se autoriza a importação da vacina Sputnik V por Estados e municípios. Uma sessão extraordinária está marcada para às 18 horas. A data foi escolhida devido ao prazo, até o fim do mês, estipulado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que a agência reguladora avalie os pedidos de importação de compostos contra a Covid-19 sem registro. Inspetores do órgão foram à Rússia na última semana para inspecionar as empresas Generium e UfaVita, que participam da produção do imunizante. Também existe a expectativa de apresentação do relatório técnico usado pelo Ministério da Saúde russo para emitir o registro da vacina. O documento descreve itens como eficácia, qualidade e segurança.

Em março, o governo federal fechou a compra de 10 milhões de doses da Sputnik V. Além disso, o Consórcio do Nordeste, que reúne os nove governadores da região, já comprou 37 milhões de doses do imunizante. Diálogos para incluir esse montante no Plano Nacional de Imunização (PNI) vêm avançando nas últimas semanas. A aprovação da Sputnik V tem sido uma demanda dos governadores do Nordeste. O governador do Piauí, Wellington Dias, vem insistindo no tema. “Havendo problema no mês de abril é que vamos ter que trabalhar um nova data para o mês de maio nesse lote que estava previsto para abril. Por isso, toda a nossa prioridade é não perder a entrega prevista para o mês de abril da Sputnik”, disse. Já nesta terça-feira, os diretores da Anvisa vão se reunir para avaliar o pedido de uso emergencial de dois medicamentos que podem ser usados no combate à Covid-19: banlanivamabe e etesevimabe. Ambos são produzidos pelo laboratório Eli Lilly do Brasil, que enviou a solicitação no dia 30 de março.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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