Sob pressão de governadores, Congresso pode definir novo Fundeb
Uma das prioridades do ano na Educação, a PEC do novo Fundeb, ganha corpo no Congresso. O fundo corresponde a mais de 60% do financiamento da educação básica. Em vigor desde 2007, ele expira no final do ano, — e uma nova proposta precisa ser aprovada.
A expectativa é que a relatora, deputada Professora Dorinha (DEM), apresente o texto na terça-feira (18) na comissão especial que analisa o tema. Caso haja um pedido de vista, a matéria deve ser votada até o início de março.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já disse que pretende votar em plenário também no mês que vem. O presidente da comissão especial, deputado Bacelar (Podemos), destaca que também há conversas adiantadas com o Senado.
Porém, existe um impasse entre Congresso e Ministério da Educação. O Fundeb é financiado tanto pelo governo federal como pelos estados e municípios.
Atualmente, a União é responsável por 10% do valor total. A proposta em análise aumenta essa fatia para 20% e o ministro da Educação Abraham Weintraub tem defendido que fique em 15%.
Por isso, o governo pretende enviar uma PEC própria, como aponta o ministro. “O novo Fundeb tem que tem aspectos técnicos, ser fiscalmente responsável. Ao longo do ano debateremos mais a fundo.”
Caso o Executivo envie uma nova proposta para o Fundeb, ela pode ter dificuldades para avançar no Congresso. A proposta da deputada Dorinha é bem vista pela maioria dos parlamentares e eventuais mudanças podem dificultar esse entendimento.
Além disso, a relação do ministro Abraham Weintraub com os deputados não tem sido boa. Outro fator é que os governadores também já expressaram apoio ao texto do Legislativo.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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