Sob protestos, orçamento com medidas de austeridade apresentado por Macri é aprovado na Argentina

  • Por Jovem Pan
  • 26/10/2018 08h48 - Atualizado em 26/10/2018 08h52
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EFE A sessão durou cerca de 18 horas e terminou com 138 votos favoráveis e 103 contrários, além de oito abstenções

Em meio a protestos, a Câmara de Deputados da Argentina aprovou o orçamento com medidas de austeridade apresentado pelo governo de Maurício Macri. Os parlamentares votaram na madrugada desta quinta-feira (25) o projeto que prevê cortes importantes nos gastos públicos.

A sessão durou cerca de 18 horas e terminou com 138 votos favoráveis e 103 contrários, além de oito abstenções. O orçamento do ano que vem, último do governo de Macri, terá um corte de gastos de quase 400 bilhões de pesos, o equivalente a R$ 40 bilhões, que atinge todas as áreas.

O objetivo é reduzir a zero o déficit fiscal primário que fechou o ano passado em 3,9% do Produto Interno Bruto argentino. A meta faz parte de acordo fechado com o Fundo Monetário Internacional, que assegura um auxílio financeiro de 57,1 bilhões de dólares até o primeiro trimestre de 2020.

A oposição reclamou da pressa para aprovar o projeto. O deputado Agustín Rossi, chefe do bloco Frente a Vitória, da ex-presidente Cristina Kirchner, questionou a efetividade de medidas como essa.

Agustín Rossi comparou os programas de austeridade da Argentina ao navio Titanic, e disse que o projeto é prejudicial para a nação argentina. Já o deputado governista Mario Negri defendeu os cortes e destacou que o Governo precisa assumir a responsabilidade.

Negri acredita que o país superará a crise após 2019 e cumprirá com todas as obrigações econômicas.

Durante a votação, protestos de sindicatos e organizações sociais foram registrados em Buenos Aires. Manifestantes confrontaram policiais em frente ao Congresso, em ato contrário à aprovação do corte.

O texto deve passar pelo Senado em novembro. Pesquisas de opinião indicam que a população argentina está pessimista sobre as possibilidades de Maurício Macri superar a crise econômica.

*Informações do repórter Matheus Meirelles

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