Sobem chamados da Defesa Civil por queda de árvores e poda vira dor de cabeça para condomínios em SP

Do início deste ano até hoje, a entidade foi acionada 2.282 para resolver problemas do tipo na capital paulista

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2022 10h33 - Atualizado em 02/05/2022 11h06
Banco de imagens/Pexels poda de árvore Do início deste ano até hoje,a Defesa Civil registrou 2.282 chamados por quedas de árvores. No mesmo período em 2021, o número foi de 1.932

A Defesa Civil da cidade de São Paulo atendeu, do início deste ano até hoje, 2.282 chamados por quedas de árvores. No mesmo período em 2021, o número foi de 1.932. Pela legislação, os cortes e podas de árvores localizadas em vias públicas só podem ser realizados pela prefeitura ou por concessionárias de serviço público autorizadas. Já o procedimento dentro de uma propriedade particular pode ser executado pelos próprios munícipes, mas depende de autorização municipal. Qualquer corte ou poda sem autorização é enquadrado como crime ambiental e o infrator, se pego em flagrante ou por meio de prova fotográfica, recebe uma multa no valor de R$ 10 mil. A situação tem se tornado um problema para moradores de condomínios da capital paulista.

Gerciara Bueno é síndica de um condomínio com 96 unidades distribuídas em três edifícios no Rio Pequeno, zona oeste da capital paulista, e está cansada de protocolar pedidos para poda de árvores na região. “Passei, falei com várias pessoas, vários protocolos, no mínimo seis, várias visitas e a resposta é sempre a mesma: a árvore está saudável”, comenta. Rafael Biazzetto Fernandes é síndico de um condomínio no mesmo bairro com 114 unidades em cerca de seis mil metros quadrados. Ele conta que uma árvore desabou há pouco tempo e que teme que aconteça novamente. “Problema em relação às árvores está bem visível. Uma árvore caiu há poucos dias e eu tenho receio de uma segunda árvore cair também, que é a árvore ao lado, ela está com as raízes expostas, está muito alta, e a prefeitura não faz nada para poder nos ajudar”, diz ele.

O problema é tão grave que uma obra de recuperação na região precisou ser paralisada porque as raízes das árvores estão fora da terra e destruíram sete de dez canos de águas pluviais. Com isso, aumentou o índice de infiltrações. Além disto, a caixa de incêndio também foi danificada. A reclamação dos condomínios é que é quase impossível manter as calçadas intactas. “A gente vive fazendo uns tapa-buracos para tentar, pelo menos tentar, manter as calçadas transitáveis”, comenta Gerciara.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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