Socialistas como Luciana Genro sempre tentam se limpar na sujeira de seus pares
Em 20 de julho, Lula havia dito que o PSOL precisa vencer uma eleição para parar de frescura. Em resposta, a socialista Luciana Genro criticou o ex-presidente: “Lula entrou tanto no mar que se afundou porque mergulhou na lama da corrupção. Ficou evidente que ele estabeleceu relações promíscuas com as empreiteiras”.
Quase quatro meses antes, em março, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela chegou a assumir as funções do parlamento controlado pela oposição. Na ocasião, Luciana Genro também criticou Nicolás Maduro: “o que ocorreu agora foi um autogolpe culminando o caminho autoritário traçado por Maduro”.
Luciana Genro é mesmo um exemplo de socialista. Ela defende o aumento do tamanho do poder do Estado, mas afeta repúdio às consequências inevitáveis disso. Seja a venda de favor e influência de quem está dentro do Estado, como Lula e seus comparsas a empreiteiras, seja o desmando de quem controla o Estado como Maduro.
Socialistas como Luciana Genro sempre tentam se limpar na sujeira de seus pares, pregando a mesma ideia que, na prática, resultaram na corrupção e no autoritarismo que criticam.
Como escreveu há mais de 30 anos, Roger Scruton no livro “Os Pensadores da Nova Esquerda”, de 1985: “não há um simples pensador de esquerda, até onde consigo enxergar que esteja disposto a responsabilizar-se pelas crueldades perpetradas em nome de seu ideal”.
Não que Luciana Genro seja uma pensadora, claro.
Confira o comentário completo de Felipe Moura Brasil:
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