SP aposta em investimento chinês para retomar obras da CPTM e do Metrô
O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), e outros cinco secretários estaduais apresentaram, em Pequim, 21 projetos em busca de capital chinês. Durante a visita, eles estão concentrados, principalmente, em conseguir investimentos em relação ao transporte.
Segundo o secretário de Transportes Metropolitano de São Paulo, Alexandre Baldy, o governo está um busca do capital chinês para as linhas 8 e 9 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), assim como a retomada da linha 6-Laranja do Metrô. Além disso, a equipe também busca investimentos para o primeiro trem intermunicipal, que vai ligar, primeiro, Campinas à São Paulo, e demais projetos e concessões em parcerias público-privadas (PPPs).
“Temos inúmeros projetos que estão em andamento, contratos ativos, e outros que são fruto também do interesse. Aqui, estivemos no Banco da China, estaremos também com outros investidores, empresas que desejam fornecer partes, peças, materiais rodantes”, afirmou Baldy.
Somente na área de transportes, os projetos podem atingir R$ 52 bilhões em linhas novas, como a que vai ligar Guarulhos ao centro de São Paulo e também a cidade de São Bernardo, no ABC paulista, à capital.
O secretário de Relações Internacionais, Júlio Serson, lembra que o Banco da China, hoje, é a quinta maior instituição financeira do mundo. “Abrindo oportunidades de novos negócios para o Brasil, especialmente, claro, para São Paulo, vamos criar oportunidades, gerar empregos, enfim, atrair o capital chinês também”, ressalta.
De acordo com Doria, além dos transportes, o governo também tem interesse em investimentos, por parte da China, no setor de agronegócio brasileiros. “A aposta está no programa de desestatização. Os chineses são especialistas em programas de infraestrutura, investimentos em saneamento, em ferrovias, aeroportos, portos, e também em hidrovias, como é o caso da Tietê-Paraná. Mas também tem grandes interesses em investimentos na área do agronegócio, que representa uma parte sensível para o estado de São Paulo, onde 22% da produção agrícola brasileira está centrada lá”, disse.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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