SP estuda campanha em escolas para alertar contra feminicídio
Até abril deste ano, pelo menos 54 mulheres morreram no estado de São Paulo apenas pelo fato de serem mulheres. Nos primeiros quatro meses de 2019, o estado teve um aumento de 54% nos casos de feminicídio. No mesmo período do ano passado, foram 35 mortes.
70% dos casos de feminicídio são praticados por pessoas do convívio da vítima, na maioria das vezes, dentro de casa.
Diante da aumento dos casos, o governo de São Paulo lançou nesta quinta-feira (13) uma campanha publicitária de conscientização do feminicídio e combate à violência doméstica. A campanha será vinculada em canais abertos de rádios e TVs.
O governo ainda estuda a expansão de uma campanha física nas escolas públicas do estado, envolvendo a conscientização de alunos, pais e professores.
Para a delegada geral adjunta de polícia Elisabete Sato mais que denunciar, é necessário promover uma mudança de postura na sociedade.
“Nós vivemos num país extremamente machista, temos que considerar isso. Então se fala por aí que é bacana o homem agredir a mulher. Na minha concepção de policial, há a necessidade de uma mudança de postura. Nós temos que conscientizar esses homens que a mulher não está aí para apanhar”, declarou a delegada.
O estado possui hoje 133 Delegacias da Mulher, o governador João Doria prometeu entregar mais sete até o final da gestão.
Segundo o governador, o baixo número de policiais civis ainda é o que impede a entrega de mais delegacias da mulher neste momento. Um novo concurso para contratar mais profissionais de polícia mulheres já foi aberto.
*Com informações da repórter Victoria Abel
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