SP: Licitação de ônibus considera estimativa antiga de passageiros

  • Por Jovem Pan
  • 14/01/2019 07h10
Fotos Públicas Concorrências está prevista há seis anos.

O uso de dados antigos na licitação do transporte municipal de São Paulo gera dúvida entre os concorrentes, mas o prefeito Bruno Covas diz que o processo não será prejudicado.

A SPTrans divulgou na última sexta-feira (11) um boletim de esclarecimentos às perguntas de possíveis participantes da disputa bilionária e uma mesma questão chamou a atenção de quatro interessados diferentes. O lote “E-7″ da concorrência corresponde a uma área da zona sul de São Paulo que hoje é atendida pelo Metrô.

O problema é que as planilhas apresentadas na licitação preveem uma demanda de público anterior à expansão da linha 5-Lilás. Os interessados acreditam que o número de passageiros vai ser menor por causa da presença do transporte sobre trilhos. Com isso, eles entendem seria impossível chegar no faturamento previsto pela SPTrans.

A gerenciadora deu uma resposta idêntica aos quatro questionamentos. Ela alega que existem o sistema de remuneração permite compensações às empresas quando houver queda de demanda de passageiros. Apesar disso, a SPTrans não deixou claro na resposta como isso se daria e nem de onde sairia esse dinheiro.

O prefeito de São Paulo diz que a licitação segue como o planejado mesmo com os questionamentos. Bruno Covas afirma que não há necessidade de refazer os cálculos porque considera a dinâmica de flutuação de passageiros como algo natural.

Não há nenhuma necessidade de refazer todos os cálculos, até porque essa dinâmica é natural em uma cidade como São Paulo”, declarou. A abertura dos envelopes da licitação dos transportes está marcada para o dia 23 de janeiro. Prevista para ocorrer desde 2013, a concorrência prevê contratos de 20 anos a um custo total de R$ 71 bilhões.

*Com informações do repórter Tiago Muniz

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