SP perde R$ 1,4 bilhão em ICMS com contrabando de cigarros
Um levantamento do ETCO (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) demonstra que o mercado de cigarros contrabandeados vai movimentar R$ 3 bilhões até o final do ano. Isso apenas em São Paulo.
Com isso, segundo a pesquisa, o estado de São Paulo deixará de arrecadar cerca de R$ 1,5 bilhão em ICMS sobre o tabaco.
Os dados foram apresentados pela entidade nesta segunda-feira, durante o lançamento da Frente Parlamentar de Combate ao Contrabando, instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O presidente do ETCO, Edson Vismona, explica que os produtos ilegais conquistam o consumidor por causa dos preços mais baixos. “Um que paga todos os impostos e tem o preço elevado, está embutido. O outro não paga nada e tem o preço baratinho. É isso que o consumidor vê”, afirma.
Para o coordenador da Frente Parlamentar de Combate ao Contrabando , deputado Jorge Caruso, do MDB, é preciso reformar a legislação para coibir a entrada dos produtos contrabandeados. “Brasileiro é um negocio fantástico, aqui se falsifica e contrabandea de tudo. Isso é uma constante. A polícia fecha um local, o brasileiro abre outro”, diz.
Segundo o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, 54% dos cigarros que circulam no estado de São Paulo são contrabandeados do Paraguai.
O maço trazido do país vizinho custa, em média, R$ 3,43, enquanto aqueles produzidos aqui têm preço mínimo de R$ 5 e são vendidos, em média, a R$ 7,97.
*Com informações do repórter Vitor Brown
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