SP pode privatizar maiores linhas do metrô para prevenir ‘greve política’, diz Baldy
O secretário dos Transportes Metropolitanos diz que São Paulo pode pensar em privatizar três linhas do Metrô no caso de novas greves políticas. Alexandre Baldy deu a declaração nesta quinta-feira (27), na Estação da Luz, no Centro de São Paulo, logo após a entrega de um novo trem que será usado pela CPTM.
Dos cinco ramais mais importantes do Metrô de São Paulo, três são administrados pelo Metrô. Os outros dois são administrados por consórcios privados, liderados pela CCR.
A greve geral de 14 de junho foi motivada pelas manifestações contrárias à reforma da Previdência, sem uma demanda específica dos metroviários. Durante a paralisação, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, que são as concedidas, não tiveram o funcionamento afetado.
O secretário Alexandre Baldy diz que o Estado não tem planos para privatizar as linhas 1-Azul, 2-Verde e t2-Vermelha, mas que pode pensar no caso. “Caso o sindicato continue com uma reividicação absolutamente política e continue buscando paralisação, o Governo pode começar a pensar na privatização”.
O coordenador da secretaria-geral do Sindicato dos Metroviários é contra a privatização das linhas e considera a declaração de Baldy uma ameaça. Wagner Fajardo Pereira afirma que outras capitais também têm o transporte concedido e não vê relação entre a ocorrência de greves e a administração privada.
No último dia 14, os metroviários aderiram a greve. Os funcionários da CPTM trabalharam normalmente e os motoristas de ônibus da Capital atrasaram a saída das garagens.
As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha transportaram quase cem milhões de passageiros no mês de maio, que é o último dado disponível.
*Com informações do repórter Tiago Muniz
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