SP vive tendência de estabilização da Covid-19, diz coordenador do centro de contingência
O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus do Estado de São Paulo, Carlos Carvalho, acredita que o estado vive uma tendência de estabilização das infecções pela Covid-19 nas últimas semanas. A afirmação, feita em entrevista ao Jornal da Manhã desta terça-feira (18), acontece um dia após São Paulo registrar 389 mortes pela doença.
Carvalho explica que, assim como os dados do país, a análise das informações consolidadas para a capital paulista, Grande São Paulo e para o interior mostra que o estado está chegando na fase “platô” da doença. “A capital e a Grande SP tendem a diminuição e o interior tende a subir. Então, na média estamos ficando nessa tendência”, disse, ao ressaltar que o mesmo está acontecendo em outros estados brasileiros.
O médico, que também é diretor do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, explica, no entanto, que uma “elevação dos casos é possível” e que “São Paulo e outras cidades podem ter uma segunda onda” da Covid-19. Ele destaca, com isso, a importância do monitoramento feito pelas autoridades de saúde para prevenir que “uma nova onda surja”.
A respeito do uso de corticoides, como o dexametasona, para o tratamento de pacientes com a Covid-19, o médico disse que há cerca de três meses equipes do Hospital das Clínicas desenvolveram “um protocolo de atendimento baseado nas experiências que trocamos com colegas da Espanha, Itália e China”. O hospital participa de pesquisas com a utilização dos remédios em pacientes graves.
Carlos Carvalho ressalta, porém, que o “remédio tem uma série de efeitos colaterais” e que não deve ser usado para prevenir a contaminação pelo coronavírus. Ele alerta que, além de ineficaz para a prevenção, o corticoide pode trazer “efeitos adversos, porque ele pode propiciar diabetes, obesidade e cataratas”.
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